![]() |
Páginas: 525 Editora: Universo dos Livros |
O que dizer? Depois do terceiro livro da série, Amante Desperto, confesso que não tinha me empolgado tanto com o quarto livro, Amante Revelado, talvez pela diferença no ritmo da narrativa ou o fato de eu ser completamente viciada em Zsadist. O fato é que Amante Liberto conseguiu me conquistar após os primeiros capítulos. Esse livro traz a história de Vishous, o nerd da Irmandade que sabe de tudo um pouco. No livro anterior acompanhamos o sofrimento de V. pelo relacionamento de Butch, seu melhor amigo, com Marissa. Em Amante Liberto conhecemos a personalidade e a história de Vishous, seu passado sofrido e todos os caminhos que o levaram a ser o cara durão que é. Sadomasoquismo e homossexualidade são assuntos delicados mas J. R. conseguiu tornar a leitura leve, principalmente os diálogos irreverntes entre Vishous e Butch. Amei a forma como ela abordou o assunto, delicada e intensa, chocante e ao mesmo tempo gentil. Se já era fã da autora nesse livro ela me ganhou de vez.
"Fez-se um momento de silêncio. E então, com a voz rouca, o homem, cuja vida ela havia salvado disse três palavras que mudaram tudo... mudaram a vida dela e o seu destino:
- Ela. Vem. Comigo.
- Ela. Vem. Comigo.
Nesse livro conhecemos uma nova personagem chamada Cormia, uma Escolhida da Virgem Escriba, que será utilizada por Vishous para um propósito maior. A personagem é interessante e ao mesmo tempo entediante. Acompanhamos também a vida de John e todos os problemas que o jovem precisa enfrentar. O fato de dele e Zsadist se tornarem amigos me fez sorrir feito uma boba. O drama na vida de Phury também é levantado visto que o Irmão é o destaque do próximo livro da série. De cortar o coração todo o sentimento que Phury precisa enfrentar. Um diferencial desse livro com relação aos anteriores e o fato de não termos informações sobre os Redutores. Os vilões de Ômega, como o detestável Sr. X, não são retratados nesse livro. Eu deteso os capítulos enormes sobre a organização dos Redutores, então adorei a ausência de informações.
"Jane bateu em seu braço e fez um movimento com o dedo indicando para que ele se inclinasse. Quando ele se inclinou, ela sussurrou: - Tenho medo de ratos e aranhas. Mas não precisa usar essa arma na sua cintura para abrir um buraco na parede se um desses bichos aparecer, certo? Ratoeiras e vassouras funcionam da mesma maneira. Além disso, não vai precisar de argamasse e cimento depois. Só estou avisando".
A relação entre Jane e Vishous é, para dizer o mínimo, intensa. V. precisa lidar com os fantasmas do seu passado e Jane parece disposta a ajudá-lo a superar isso. As cenas entre eles são intensas e deliciosas de ler. A personalidade de Jane me lembrou imediatamente Bella o que me fez adorar ainda mais a personagem. Conhecemos Manny, um médico chefe de Jane disposto a conquistá-la. Mas quem conseguiria competir com Vishous, não é mesmo?
A reta final do livro é simplesmente arrasadora, de tirar o fôlego e de me fazer segurar as lágrimas em diversos momentos. O livro é uma delícia com muitas sacadas de humor e delicadeza. Simplesmente incrível.
Playlist: Stateless - Bloodstream (Acoustic live)
Nenhum comentário:
Postar um comentário