quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A Cabeça de Steve Jobs - Leander Kahney

TítuloA Cabeça de Steve Jobs
AutorLeander Kahney
EditoraAgir
Páginas: 286

Classificação


O livro relativamente pequeno foi escrito em 2007 por Leander Kahney, um editor e ex-repórter sênior da Wired News. Ele aborda assuntos extremamente interessantes como a minúcia que Jobs tinha com cada fase do projeto de criação de um produto, ele participava das decisões mais cruciais como o tipo de hardware até a definição sobre a embalagem do produto. Sempre cercado de profissionais de um nível extremamente alto Jobs precisou se cercar dos melhores para tirar suas ideias incríveis do papel e apresentá-las ao mundo. Um maníaco por perfeição e excêntrico por natureza que não tinha medo de descartar um produto incrível por ter uma ideia ainda mais genial que a anterior.

Jobs fundou a Apple e revolucionou o mercado de computadores pessoais para, alguns anos depois, ser afastado da sua empresa. Com dinheiro na mão criou a Pixar que trabalhou em lançamentos anuais de desenhos que marcaram a infância de muita gente como Toy Story, Monstros SA, Ratatouille e alguns outros.
Convidado a voltar para uma Apple endividada e com um catálogo de produtos pouco expressivos Jobs fez aquilo que ele sabe fazer de melhor: inovou. Com um misto de tecnologia, marketing e acordos lucrativos ele conseguiu retomar o controle da empresa e emplacar produtos que mudariam a vida (e a rotina) de milhões de pessoas. Com o foco na "experiência do usuário" Jobs atraiu a atenção e o fanatismo dos usuários.
Além dos sucessos icônicos do iPod e iPhone a empresa investiu na criação das lojas físicas da Apple que se tornaram templos tecnológicos que também focam na experiência do usuário e no estilo de vida que eles almejam.

Eu gostei muito do livro. Jobs além de um gênio era um líder nato que estimulava sua equipe até limite para alcançar seus objetivos. Creio que sua maior missão de "mudar o mundo" com seus providos foi alcançada com sucesso ao olhar pra trás. Vendo a apresentação do iPhone fica claro a paixão e a entrega que ele tinha com seus produtos. Tem alguns capítulos mais técnicos do que outros mas, no geral, a história prende a atenção. Abaixo os trechos que mais me marcaram.

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Steve Jobs passa quase tanto tempo pensando nas embalagens de papelão de seus gadgets quanto nos próprios produtos. Não é uma questão de gosto ou de elegância — embora isso também faça parte. Para Jobs, o ato de tirar um produto de sua caixa é uma parte importante da experiência do usuário e, como tudo o mais que ele faz, é pensado com muito cuidado.
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O que é a Apple, afinal? A Apple é feita por pessoas que pensam de uma forma diferente e original, que querem usar os computadores para ajudá-las a mudar o mundo, para ajudá-las a criar coisas que façam diferença, e não apenas para executar um trabalho.”
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Muitos telefones celulares são exemplos gritantes do excesso de funções. Fazem tudo o que se possa imaginar na face da Terra, mas certas funções básicas, como ajustar o volume ou verificar os recados na caixa de mensagens, são às vezes obscurecidas pela avassaladora complexidade desses aparelhos. Para evitar que o consumidor fique confuso em meio a uma variedade infinita de opções complexas, um dos mantras favoritos de Jobs na Apple é: “Foco significa dizer não.”
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Jobs nunca se interessa pela tecnologia por si mesma. Jamais exagera em acessórios desnecessários, sobrecarregando de funções um produto simplesmente porque são fáceis de acrescentar. Ocorre exatamente o contrário. Ele depura a complexidade dos seus produtos até que fiquem tão simples e fáceis de usar quanto possível.
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