terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Garota, Interrompida - Susanna Kaysen

Título: Garota, Interrompida
Autora: Susanna Kaysen
EditoraEditora Única
Páginas189
Classificação: 5!


O livro autobiográfico narra a trajetória de Susanna Kaysen, uma jovem de classe média em 1967 nos Estados Unidos. Após tentar suicídio ao ingerir 50 aspirinas ela acaba aceitando o diagnóstico do seu médico e vai de boa vontade para a instituição psiquiátrica McLean. O livro não narra os fatos cronologicamente então vamos aos poucos entendendo os caminhos que levaram Susanna até o seu diagnóstico e toda sua experiência em um hospício. Lá dentro ela conhece outras jovens garotas consideradas loucas ou  diagnosticadas com algum tipo de transtorno, Lisa, Cynthia, Polly e Geogina são as únicas coisas que impedem Susanna de cair de vez.

Tão logo admiti isso, concluí que podia estar louca ou que alguém poderia me achar louca. Como podia ter certeza de que não estava, se não podia ter certeza de que uma cortina não era uma cordilheira?
A leitura é fascinante, Susanna conseguiu transparecer muito dos seus sentimentos, do vazio, da solidão e do medo. Diversos personagens são inseridos na história e cada um nos faz pensar no quanto é tênue a linha entre a sanidade e o desconhecido. Susanna passou 18 meses internada, os Estados Unidos estavam em guerra com o Vietnã e o que vemos é uma sociedade machista e pouco avançada nos métodos de tratamento utilizando eletrochoques e hidroterapia.

Ao fazer isso, você pisa no território da loucura – um lugar onde impressões equivocadas adquirem todas as características de realidade.
Acho que a grande genialidade do livro é forçar a uma reflexão: será que eu me encaixo em um desses transtornos? Se sim, será que sou louco ou poderia ser considerado como tal? A autora traz diversas explicações sobre os mais diversos transtornos, principalmente sobre o seu diagnóstico em personalidade limítrofe, e permite ao leitor entender de uma forma prática os diagnósticos pomposos que pouco a ajudaram. 
Achei que precisava ficar sozinha. Queria seguir sozinha em direção ao meu futuro.
Eu amei o livro, descobri por acaso em um site de psiquiatria e só depois fui associar ao filme de mesmo nome.
Trailer do Filme: 


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