segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Água com açúcar

De dez entre dez amigas que tenho todas elas definem a felicidade plena da mesma forma: um relacionamento tranquilo, com um cara bonitinho que tenha uma profissão relativamente boa e uma conta bancária realmente boa. Se malhar, for gente boa, engraçado, tiver paciência com criança e não beber?! Aí é da balada para o altar sem perder tempo. O grande problema é: o bonitinho água com açúcar perde a graça muito facilmente. As piadas não são tão boas depois dos 3 meses, a visão de futuro baseada em um apartamento dos fundos de um bairro não tão tranquilo deixa de ser considerado fofo, a música do Pixote que ele dizia traduzir a relação de vocês passa a causar acesso de raiva e, o pior de tudo isso, entre quatro paredes o tédio é garantido.

A bonita se vê presa em um relacionamento que não veio embalado pra presente como as novelas/filmes/livros/músicas do Pixote narram e passa a empurrar aquilo tudo com a barriga. Bem, nesse tipo de situação temos um questionamento simples:

1. Imagine a sua vida 3 anos à frente.
2. O gato apareceu na viagem no tempo?

Se a resposta for um enorme e redondo NÃO é bem simples o que deve ser feito: procure o próximo bonitinho com açúcar nas baladas/academias/universidades mais próximas. Agora, se a resposta foi um SIM esperançoso  cabe a você sentar com o fofo e tentar entender o que pode ser melhorado no relacionamento, o que o incomoda, como ele sente. De livre e espontânea vontade ele não vai te chamar pra esse tipo de papo, então cabe a você correr atrás do que vai te deixar bem. O que não é válido é seguir vivendo na água com açúcar eterna e depois olhar para os anos perdidos e ficar se lamentando.

Sim, tenho trauma com o Pixote.

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