domingo, 19 de agosto de 2012

A Esperança - Suzanne Collins

Série: Jogos Vorazes 

Título: A Esperança, Livro 3
Autora: Suzanne Collins 
Editora: Rocco
Páginas: 421
Classificação:  4

A Esperança é terceiro e último livro da série Jogos Vorazes da Suzanne Collins. Das três capas foi a que menos me chamou atenção mas ainda assim é bonita. Não encontrei erros ao longo da leitura mas algumas expressões como "Ugh" e "Brr" me irritaram um pouco. 
Como último livro da série evidentemente exige uma narrativa robusta e com detalhes importantes a cada capítulo. Com isso temos um livro tenso do primeiro ao último parágrafo. Foi um dos poucos livros que li com um aperto no peito enquanto virava cada página pois a coisa toda sempre conseguia ficar pior. Nesse volume Katniss precisa assumir sua posição como símbolo da guerra contra a Capital e se tornar o rosto da revolução. Enquanto isso precisa lidar com a ausência de Peeta e um Gale tomado pelo desejo de vingança.

Rompantes têm vida curta. São as histórias que duram.

Conhecemos a rotina dos moradores do Distrito 13, que abrigaram os sobreviventes do Distrito 12. Destaco Boggs, o braço direito da presidenta do Distrito 13, Coin. Amei o personagem de cara e a sintonia entre ele e Katniss foi bastante tocante. Dos três livros esse foi o que mais retratou Katniss como uma sobrevivente, em alguns momentos de agonia vemos o quanto o sentimento de tristeza e falta de esperança pode arruinar a vida de uma pessoa. Alguns momentos são de tirar o fôlego e outros de pura emoção.

Mas, para o bem ou para o mal, não sou motivada pela gentileza.

Obviamente que, como era o último livro da série, a autora finalmente revela a decisão de Katniss: Peeta ou Gale. Sinceramente essa decisão é só um detalhe diante do sentimento de dor e vazio que os capítulos transmitem. E isso me fez amar ainda mais a série, pois Suzanne Collins não tentou pintar corações e pássaros felizes no final da história. Ela narrou como pessoas que passam por tantas dificuldades precisam lidar com as suas vidas quanto tudo se acalma e a noção de que a dor nunca vai de fato ir embora.

Da promessa de que a vida pode pode prosseguir, independente do quão insuportáveis foram as nossas perdas. 
Que ela pode voltar a ser boa.

Me apaixonei pela série desde o início. Chorei, sorri e me emocionei com cada parágrafo dessa narrativa tão nua e crua e ao mesmo tempo tão gentil. Com uma mensagem positiva e ao mesmo tempo realista, personagens cativantes, taciturnos, repletos de defeitos e ambiguidades. Com certeza uma leitura que não vai sair da minha cabeça tão cedo.

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