quarta-feira, 23 de maio de 2012

Amante Eterno - J. R. Ward



Páginas: 358
Editora: Universo dos Livros

Amante Eterno é o segundo livro da série Irmandade da Adaga Negra de J. R. Ward. Sendo bem sincera, eu não imaginava que seria capaz de me apaixonar tanto por uma série depois dos 16 anos. É simplesmente surreal! Amei abursdamente a capa e não encontrei uma vírgula errada ao longo da narrativa. Delícia de ler.
Vamos ao livro. A resenha do primeiro livro da série se encontra aqui e o segundo livro segue com uma temática semelhante. O foco desse volume é na vida de Rhage, o belo-loiro-lindo-forte e agressivo Irmão. No primeiro livro eu sinceramente não tinha ligado muito pra ele, mas era por motivos óbvios: estava focada totalmente em Wrath (rei dos vampiros). Felizmente a personalidade de Rhage vai sendo exibida e aos poucos os motivos por traz das atitudes de pegador vão caindo por terra. Juro que em determinados momentos dá vontade de abraçá-lo por ser tão fofo e ainda assim selvagem. Óbvio que me apaixonei por Rhage, principalmente ao entender seus dilemas e aos poucos conhecendo sua personalidade. Apaixonante em todos os sentidos.

"O filho da mãe era tão bonito que ninguém conseguia ficar indiferente a ele. O cabelo louro ostentava um corte curto na nuca com a frente mais longa. 
O azul dos seus olhos era da cor do mar das Bahamas. 
E o rosto fazia Brad Pitt parecer um patinho feio".

Três importantes personagens surgem na série: Bella, uma vampira civil; John, um pobre coitado; e Mary, uma humana. A ligação entre eles parece ser superficial mas esse link permite o encontro do casal que estrela o livro: Rhage e Mary. E como eles estrelam! O casal passa por tantas provações, tantas brigas, dúvidas e incertezas que em alguns horas dava até raiva de ler. Mary é super insegura  enquanto Rhage se torna vulnerável e totalmente entregue. Mary precisa lidar não só como um novo mundo vampírico mas também com um antigo problema de saúde que pode afetar completamente sua vida. A relação é extremamente conturbada e em determinadas horas o desespero dos personagens chega a deixar a leitura pesada. 

"- Não sou sua - sussurrou ela.
A rejeição não o desconcertou.
- Bem. Se não posso tê-la, então, eu me dou inteiro pra você. Pegue tudo de mim, uma parte, um pedacinho só, o que quiser. Mas, por favor, fique com alguma coisa".

O que me irritou nesse livro foi a narrativa sobre os redutores (que resumidamente podem ser definidos como caçadores de vampiros). Sério, descrição da construção de um prédio nos mínimos detalhes enquanto o casal principal estava no meio de uma noite de amor? Pelo amor né! Mas enfim, confesso que li essas partes de uma maneira superficial e só parava para dar atenção quando a ação acontecia de fato. No primeiro livro tivemos o Sr. X como o grande vilão e nesse livro temos o Sr. O como o cara que faz tudo para ferrar com a vida da Irmandade. Como eu tinha dito toda essa estratégia de luta e captura de vampiros ficou meio perdida diante da intensidade dos demais acontecimentos entre Rhage e Mary. O casal tinha tanta tensão e tesão que qualquer outro parágrafo que não fosse sobre eles eu estava achando desnecessário. Exceto as informações sobre Zsadist...


"- Rhage - sua voz era adorável na penumbra tranquila.
- O quê?
- Você costuma dormir nu, não é?
- Ah, normalmente.
- Olhe, pode tirar a roupa. Não vai me incomodar.
- Não queria que se sentisse... desconfortável.
- Fico mais desconfortável como você se revirando do seu lado cama, porque me faz pular como uma panqueca aqui do meu lado.

O segundo livro absurdamente incrível. A leitura foi uma delícia, a conclusão do livro de uma delicadeza deliciosa e o gancho para o próximo livro feito de forma magistral. Amante Desperto, terceiro livro da série, já está na minha bolsa.

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