Série: Silo - Livro 1
Autora: Hugh Howey
Editora: Intrínseca
Páginas: 512
Classificação: 3
Playlist: The Temper Trap - Soldier On
O livro se passa em um enorme silo, uma estrutura fechada com mais de 100 andares e a história inicial envolve o xerife desse silo decidindo voluntariamente sair da segurança daquele lugar após sua esposa ter morrido. A "limpeza" se refere ao ato de limpar o único vidro do silo que permite visualizar o lado de fora. O problema é que ninguém sobrevive após sair do silo pois existem bactérias mortíferas no ar. A prefeita do silo decide então ir até as profundezas para encontra uma nova xerife e lá se depara com Juliette uma mulher de 30 anos que sempre trabalhou na mecânica. No silo a divisão de trabalho precisa ser feita para melhor administração do local então tem o pessoal da Mecânica, Suprimentos, TI e por aí vai. O que a prefeita não sabe é que o chefe de TI, Bernard, sabe muito mais coisas do que ela e ele não quer Juliette como xerife. Começa então uma seqüência de ações políticas para se manter a ordem no silo. Nesse contexto temos Lukas um jovem de 20 anos que cria uma paixão platônica por Juliette e acaba se tornando uma peça chave com o decorrer da história. Juliette consegue descobrir coisas que nunca imaginou e precisa de toda sua força e coragem para seguir em frente e proteger aqueles que ama.
O que mais gostei desse livro foram as perguntas implícitas que nos fazemos conforme vamos descobrindo a verdade sobre o silo. Coisas como "quem foi que decidiu que essa era a melhor alternativa?" ou "é justo pelo desejo de poucos o destino de muitos acabar sendo alterado?". Outra coisa muito bacana no livro é a discussão sobre a coletividade, sobre o quanto é importante casa indivíduo de um grupo estar ciente do seu papel e se entregar aquela atividade para que o todo funcione sem problemas.Eles nos botaram neste jogo, um jogo no qual quebrar as regras significa que todos morreremos, cada um de nós. Mas viver sob essas regras, obedecê-las, isso significa sofrer.
Eu gostei muito da leitura, fiquei chocada com algumas revelações e adorei Juliette com toda a sua força de vontade e o desejo de fazer a coisa certa. Recomendo demais a leitura.A imaginação, percebeu, não era capaz de entender sensações estranhas e únicas. Ela só sabia amortecer ou ampliar o que já conhecia. Seria como explicar a alguém qual a sensação de fazer sexo, ou de um orgasmo. Impossível. Mas, depois que se sente, é possível imaginar diversos níveis dessa nova sensação.
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