Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Páginas: 478
Classificação: 5
Playlist: Sia - My Love
Comprei a A menina que roubava livros há muito tempo e confesso que enrolei bastante para começar a leitura. Infelizmente.
O livro se passa na Rua Himmel Número 33, cidade de Molching, Alemanha Nazista. A narrativa é feita pela Morte e a personagem principal é Liesel Meminger, uma menininha simples que acaba enfrentando muitos problemas. Logo no início do livro Liesel é deixada com sua família adotiva, composta por Hans e Rosa, um casal simples que resolve adotar uma criança. Hans é simplesmente o retrato perfeito da dedicação paterna, chorei em várias cenas dele com a menina e no quanto o autor tornou esses momentos doces. Rosa já é a rabugenta, que reclama de tudo e coloca Liesel no eixo. Impossível não se apaixonar por uma mãe dessas. Na vizinhança de Liesel tem Rudy, um menino de cabelo cor de limão que se torna seu melhor amigo e companheiro de roubos. A menina que roubava livros roubava também maçãs e batatas na companhia do amigo. Rudy tem sempre um pedido na ponta da língua: um beijo de Liesel. O personagem é simplesmente apaixonante.
Quando viesse a escrever sua história, ela se perguntaria exatamente quando os livros e as palavras haviam começado a significar não apenas alguma coisa, mas tudo.
O livro narra situações históricas sobre o nazismo e como a vida naquele período era complicada não só para os judeus mas também para a população pobre da Alemanha. A família de Liesel passa por N situações complicadas e as coisas pioram um pouco com a chega de Max, um judeu. Max e Liesel solidificam uma amizade verdadeira no porão da casa número 33 e a menina se vê questionando o poder de Hitler e a soberania nazista ao ver o sofrimento de um homem que não pode ver o céu.
Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.
Eu chorei tanto, mais tanto que me surpreende não ter ficado desidratada ao final do livro. A narrativa é sarcástica e doce, na medida certa. As 478 páginas passaram com uma rapidez absurda e ao terminar o livro é impossível não pensar em todas as situações descritas e em todo o horror desse período. Também comecei uma busca por conhecimento sobre esse assunto e me surpreendi ainda mais com os resultados.
Uma, roubava livros. O outro, roubava o céu.
Mais do que recomendo essa leitura.
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