![]() |
Editora: Universo dos Livros Páginas: 448 |
Paixões a parte, vamos a narrativa. No primeiro livro da série conhecemos a cultura dos vampiros de uma forma agradável, não é uma enciclopédia. Logo nos primeiros capítulos conseguimos entender N conceitos importantes. Como protagonistas desse volume temos Wrath, rei dos vampiros e líder da Irmandade. Bem, e o que é de fato a Irmandade? É um grupo seleto de vampiros guerreiros responsáveis pela proteção da sociedade vampírica diante dos ataques de Redutores. E o que são Redutores? Humanos sem alma que caçam vampiros. Certo, esses conceitos jogados no ar não fazem tanto sentido e só mesmo a leitura consegue nos ambientar a luta entre as duas raças. A Irmandade é formada pelos guerreiros Wrath, Darius, Rhage, Thor, Vishous, Phury e Zsadist. Vampiros fortes, mortíferos e lindos.
"Ela era tudo para ele. Seu mundo inteiro.
De indiferente a respeito da própria vida passara a desesperado por viver.
Por ela. Por eles. Por seu futuro".
A história começa a rolar de verdade quando a filha de um dos irmãos, Beth, fica desprotegida após uma morte fazendo que o imparcial e intocável Wrath esqueça sua solidão e abrace a causa. A causa e muito mais! A doce e humana Beth desperta sentimentos que Wrath nunca se permitira conhecer e a química entre eles é no mínimo fatal. A temática de J. R. sempre segue ao que li em Fallen Angels: atração a primeira vista. Amei muito, mas muito mesmo, o casal. Wrath tem um temperamento de rei e ser contrariado nunca tinha passado pela sua cabeça. Mas então temos Beth, uma humana independente que crescera em orfanatos e aprendera a se defender sozinha. A guerra dos sexos nunca foi tão divertida! A atração entre os dois é imediata e aos poucos o leitor vai se envolvendo com esse amor tão sincero. Óbvio que o livro nos apresenta a cultura dos demais irmãos, seus comportamentos, seus demônios e, principalmente, suas fraquezas. Temos outros personagens humanos e também um doggen, ser serviçal dos vampiros, chamado Fritz que eu amei de paixão logo de cara. Butch, um policial amigo de Beth, também participa ativamente dos momentos mais tensos da história. Marissa, uma vampira companheira de Wrath mas completamente rejeitada pelo rei, também tem um papel crucial no desenrolar a história.
"- É durona, sabia?
- É bom eu ser, se for ficar com você.
- Eu desejo isso - disse ferozmente.
- O quê?
- Que fique comigo.
Ela perdeu o fôlego. Uma tênue esperança se acendeu em seu peito.
- Verdade?
Ele fechou seus brilhantes olhos e balançou a cabeça afirmativamente.
- Sim. É uma estupidez, uma loucura e perigoso.
- Combina muito bem com seu estilo de vida.
Ele riu e olhou pra ela".
Óbvio que nem tudo são lençóis amassados e beijos ardentes. A história tem muita ação, derramamento de sangue e a dose certa de drama. Os Redutores são os grandes vilões e nesse livro temos o Senhor X como o líder atual da Sociedade. Confesso que alguns trechos sobre isso não me saltaram os olhos mas são cruciais para o entendimento da essência da Irmandade. Os últimos capítulos são de tirar o fôlego e me peguei segurando as lágrimas em N situações.
"A violência de Wrath era tão profunda, tão feroz, que cobriu de geada as parede de seu quarto. As velas piscavam lentamente no denso ar, emitindo luz, mas não calor.
Sempre soube que era capaz de gerar uma ira monumental. Mas a que ia descarregar sobre aqueles que levaram Beth seria registrada nos livros de história".
A narrativa é uma delícia e as quase 500 páginas passam super rápido. O primeiro livro da série foca na relação entre Wrath e Beth, essa temática de amor, guerra, sexo e sangue também é usada nos demais livros da série. Já estou com o Amante Eterno, segundo livro da série, dentro da bolsa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário